O Encerramento das escolas pode gerar marginais no país

 O Encerramento das escolas pode gerar marginais no país

Por: Quito Namattiyela

Nos últimos dias, vejo que as sociedades vivem tristes e ameaçadas por vários acontecimentos e episódios atípicos que surgem. Uma dessas ameaças é esta realidade da pandemia da covid-19. Ela trouxe suas leis, suas exigências e impôs as sociedades, impossibilitando, de certo modo, a existência do convívio normal.

Uma dessas exigências da pandemia é do isolamento entre os indivíduos e que também obrigou que houvesse o encerramento de vários locais de riscos de contaminação desta doença. Um desses locais são as escolas, onde os seres humanos se formam em prol do desenvolvimento do país ou do mundo, mas elas parece agora não terem aquele punho anterior, pois, sinto que elas vivem sozinhas, desamparadas como uma viúva que acaba por perder o seu marido.

Eu sinto muita vergonha ao passar pelas ruas, perto de certas escolas, vendo aqueles edifícios inundados de ervas no pátio, desajeitados, esquecidos. Como se isto não bastasse, arrepia-me o corpo e parece ver os meus cabelos a caírem da minha cabeça. E eu me pergunto: 'que mal invisível é este que nos quer despir da nossa humanidade? Será que vamos vivendo assim? Que futuro nos espera?'.

Não tendo respostas satisfatórias, fico com muitas lágrimas nos meus olhos como água que transborda no balde. E sinto que com o encerramento das escolas por conta da covid-19, pode haver maior número dos analfabetos, marginais, ladrões, pedófilos, bandidos e desordenados até realizações de muitas prostituições e casamentos sem futuro de procriação para o bem deles e de muitos.

Mas o que mais me deixa preocupado é que nos últimos dias ouço palavras de certos jovens-estudantes, a disserem: "assim que as escolas foram encerradas sinto-me livre, agora posso fazer o que o meu coração necessitar, posso aproveitar a oportunidade para ir casar-me com a Nttwara, filha do senhor Mphòteya", sem saber que, com o encerramento das escolas não é o fim do mundo, isto pode voltar ao seu ritmo e contexto normal. O que o mundo deve saber é abraçar as dificuldades com esperança de ultrapassá-las.